Operação Superdose, da PF, apreendeu cerca de 3 mil caixas de remédios nos oito lugares onde os mandados de busca foram cumpridos no Recife, Olinda e Camaragibe (Foto: Divulgação / Polícia Federal)
A Polícia Federal cumpriu 8 mandados de busca e prendeu quatro pessoas em flagrante, nesta sexta-feira (30), no Grande Recife, dentro da Operação Superdose. A investigação, iniciada há dois meses, apura um esquema de venda irregular de medicamentos controlados -- os que exigem a retenção da receita médica. Equipes da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária, órgão responsável pela fiscalização de remédios, acompanharam a movimentação dos policiais. Cerca de 3 mil caixas de medicamentos foram apreendidas.
Quatro dos mandados de busca foram cumpridos em imóveis residenciais e outros quatro em farmácias localizadas nos bairros de Torreão e San Martin, no Recife; Jardim Atlântico, em Olinda; e também na cidade de Camaragibe. Três das farmácias foram autuadas e uma delas, em San Martin, foi interditada por não ter licença da Vigilância Sanitária, nem autorização de funcionamento nem, tampouco, contar com a presença de um farmacêutico.
Após receber denúncias sobre o esquema, a PF apurou que um suspeito estaria se aproveitando da licença de funcionamento da farmácia de seu irmão para comprar os produtos, com a intenção de vender e repassar para pessoas físicas -- que seriam dependentes químicos -- e farmácias que não têm autorização para vendê-los.
A investigação suspeita que esses remédios podem estar sendo desviados de hospitais públicos. Outros seriam fruto de roubo de cargas dos laboratórios fabricantes. Entre os itens apreendidos estavam remédios que têm venda proibida no País, como Pramil e Digram, que tratam a disfunção erétil e são fabricados no Paraguai. Remédios para gripe, dor, antibióticos, anticoncepcionais e outros de uso específico para hospitais também foram recolhidos.
Os quatro presos podem ser indiciados por tráfico de drogas, que tem pena de 5 a 15 anos de prisão; e posse de medicamentos controlados sem a devida documentação legal ou em desacordo com ela, crime punido com pena de reclusão de 10 a 15 anos. Tudo o que foi apreendido pela PF será encaminhado para a Apevisa. Os estabelecimentos podem ser multados e o valor da punição varia de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão.
Fonte: http://g1.globo.com/pernambuco
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