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terça-feira, 12 de agosto de 2014

Ator Robin Williams morre aos 63 anos

Robin em cena do filme "Amor além da vida". Foto: Universal/Divulgação

O ator e comediante norte-americano Robin Williams - premiado com um Oscar de coadjuvante por Gênio indomável - morreu aos 63 anos nesta segunda-feira. A principal suspeita é de suicídio por asfixia, de acordo com a polícia do condado de Marin, na Califórnia, Estados Unidos. Recentemente, ele foi internado em uma clínica de reabilitação, para se recuperar do alcoolismo.

De acordo com o jornal norte-americano The Hollywood Reporter, o serviço de emergência foi contatado por volta das 11h55 desta segunda-feira, para informar que um homem foi encontrado inconsciente e sem respirar na residência onde morava com a esposa, em Tiburon, na Califórnia. Ele foi declarado morto às 12h02 (16h02 no Recife).

As investigações sobre a causa e as circunstâncias da morte estão em andamento. O exame pericial está marcado para esta terça-feira (12). Testes toxicológicos ainda devem ser realizados posteriormente.

"Nesta manhã, eu perdi meu marido e melhor amigo, enquanto o mundo perdeu um dos mais amados artistas e belos seres humanos. Eu estou profundamente inconsolável. Em nome da família de Robin, pedimos privacidade neste momento de profundo sofrimento. Como ele lembrava, nossa esperança é que o foco não seja a morte de Robin, mas os incontáveis momentos de felicidade e risos que ele proporcionou a milhões", disse, ao jornal, a esposa de Robin, Susan Schneider.

Williams participou de 62 longas-metragens, em 37 anos de carreira, com destaque para Bom dia, Vietnã (1987), Sociedade dos poetas mortos (1989), Uma babá quase perfeita (1993), Jumanji (1995), Gênio indomável (1997) e Patch Adams (1998). Ele também foi um dos primeiros atores consagrados de Hollywood a emprestar a voz a um personagem de animação. O Gênio da lâmpada, em Aladdin (1992), foi o mais famoso e lhe rendeu um Globo de Ouro especial. Mais recentemente, ele havia dublado o pinguim Lovelace, em HappyFeet (2005).

Ele estava envolvido em mais três produções inéditas: O que fazer?, com Mila Kunis e Peter Dinklage; Uma noite no museu 3, com Ben Stiller; e Uma nova chance para amar, com Annette Bening e Ed Harris. Todos estão concluídos, mas ainda não têm data de estreia. O último filme com Williams a ser exibido nos cinemas do Brasil foi O casamento do ano, com Robert De Niro e Diane Keaton, no ano passado.

Investigações

Em um comunicado, a Polícia de Marin County, na Califórnia (sudeste dos Estados Unidos), explicou que um "sujeito masculino foi declarado morto às 12h02, identificado como Robin McLaurin Williams, 63 anos, residente em Tiburon, na Califórnia" e que a causa suspeita da morte seria "um suicídio por asfixia".

Uma investigação está "em andamento sobre as causas e as circunstâncias da morte", indica o comunicado da polícia, acrescentando que o comediante tinha sido visto com vida pela última vez em sua casa, onde vivia com a esposa, no domingo "por volta das 22h".

Choque

A agente do ator disse que Robin lutava contra a depressão. "Robin Williams faleceu esta manhã. Ele tem lutado contra a depressão", afirmou Mara Buxbaum, em uma declaração. "Essa é uma trágica e repentina perda. A família pede, respeitosamente, por sua privacidade, enquanto eles vivem seu luto nesse momento muito difícil", acrescentou.

O lendário diretor de cinema Steven Spielberg, um amigo muito próximo do ator, prestou-lhe homenagem. "Robin era uma tempestade de gênio cômico, e nosso riso era o trovão que o alimentava", declarou Spielberg, citado pela revista "Variety". "Ele era um companheiro, e não posso acreditar que ele se foi", lamentou Spielberg.

Polêmica

Robin Williams também se envolveu em uma polêmica com a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Pouco tempo depois do anúncio oficial, em 2009 - ao consagrado programa Late Show, apresentado por David Letterman - Williams disse que Rio havia vencido a disputa graças a "50 strippers e meio quilo de pó".
Na época, o comentário causou revolta no Comitê Olímpico do Brasil. O país venceu a disputa, em reunião em Copenhague, na Dinamarca. Além de Chicago (cidade de Williams), Rio derrotou Madri e Tóquio para ficar com os Jogos Olímpicos de 2016.

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